terça-feira, 29 de novembro de 2011

Betty Boop

Betty Boop é uma personagem de desenho animado que apareceu nas séries de filmes Talkartoon e Betty Boop, produzidas por Max Fleischer e distribuídas pela Paramount Pictures. Hoje, Betty é considerada uma das personagens dos desenhos animados mais conhecidos do mundo e considerada a rainha dos desenhos animados da década de 1930.
Betty tinha um jeito de garota independente e provocadora, sempre com as pernas de fora, exibindo uma cinta-liga. Foi em 1930 que a personagem imigrante judaica começou sua "carreira", em Dizzy Dishes, espelhando-se nas divas desta década, ao som de muito jazz (Big Bands). Mas Betty Boop ficou famosa mesmo quando interpretou "Boop-Oop-a Doop-Girl", de Helen Kane, e, enfim, entrou para a história, participando de mais de 100 animações.
Entretanto, em 1935, o novo Código de Produção impôs uma censura à personagem. Em nome da moralidade, Betty não poderia mais exibir seus decotes nem suas roupas insinuantes. Acredita-se que o comportamento progressivo da personagem era algo para o qual a população dos Estados Unidos da época não estava preparada. Afinal, eram tempos de Disney e seus característicos personagens infantis. Foi também censurado o episódio de 1934 Ha! Ha! Ha! onde ela, ao tentar cuidar da cárie do palhaço de tinta, ativa um compartimento de gás duvidoso onde os dois personagens ficam rindo. Há suspeitas de que seja algum tipo de droga, pois eles parecem alterados e os olhos de Betty ficam roxos. Devido a censura de 1935, os irmãos Fleischer modificaram a imagem de Betty, vestindo-a até o pescoço. Contudo, mantiveram em evidência o contorno de seus seios sobressaindo das malhas colantes, o que a deixou mais sensual.
Com a sua enorme sensualidade, em seus shows nos pubs nova-iorquinos, não havia mulher que não invejasse seu sex appeal, ou homens que não a cortejassem ao fim da noite. Betty Boop era assim, jeitinho ingênuo e atitudes de uma loba. Betty foi um grande sucesso nas platéias de teatro, e apesar de ter decaído durante a década de 1930, ela continua popular e politicamente correta atualmente pelo ar de sensualidade.


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